Quem já namorou sabe que o início de qualquer relacionamento geralmente vem acompanhado de ansiedade e uma sensação de incerteza. Para portadores de doenças sexualmente transmissíveis (DST), este cenário pode ser ainda pior. Mas será que a propagação de sites dedicados especialmente para este público é a solução para os que temem abrir o jogo para seus potenciais parceiros?
A última década testemunhou o advento de sites de relacionamento especializados, como o Zombie, mas um setor em plena expansão tem sido o de sites para portadores de DST. Há tantos no mercado que até já foi compilada uma lista com os 10 melhores sites. Muitos destacam mensagens como "Seja positivo" e "Encontre amor, apoio e felicidade". Outros, como H-YPE ou H-Date, são destinados especificamente a pessoas com os tipos mais comuns de DST incuráveis, como herpes ou HPV, que causa verrugas genitais.
"Se você acaba de descobrir que tem herpes ou HPV e acha que sua vida acabou, bem, estamos aqui para provar que não. De fato, é um novo começo", diz o H-YPE.
Aumento de casos
Sites como o PositiveSingles – que tem 30 mil membros no Reino Unido e bateu a marca de 100 mil usuários em todo o mundo no ano passado- e o DatePositive, com mais de 6 mil seguidores, permitem que seus membros procurem potenciais parceiros com o mesmo tipo de doença.
O surgimento dos sites de relacionamento coincide com o aumento dos casos de DST. Mais de 100 mil pessoas no Reino Unido são diagnosticadas todos os anos com herpes genital e HPV. Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), anualmente há 110 milhões de novos casos de DST em todo o mundo.
Apesar de algumas infecções serem curáveis, como clamídia, outras, como herpes, HPV e HIV não são. Isto significa que o estigma em torno dessas doenças é uma realidade amedrontadora para quem quer namorar.
"Algumas pessoas se sentem aberrações," diz Max, de 44 anos, fundador do site H-YPE.
A britânica Kate, de 36 anos, portadora de herpes, acredita que o preconceito que acompanha as DSTs também leva muita gente a crer que "você dormiu com muita gente".
Esta crença contradiz o fato de que muitas pessoas contraem as doenças de parceiros de longa data, sendo que muitas descobrem que estão com a infecção ao mesmo tempo em que descobrem que foram traídas.
Para muitos, a ideia de contar ao novo parceiro sobre sua condição é algo aterrorizante.
Kate relembra como um de seus últimos relacionamentos acabou quando ela revelou que tinha herpes."O assunto surgiu numa conversa e acabou com tudo. Ele não queria arriscar", avalia.
Isso leva muitos portadores de DST a dividir experiências online em busca de um maior entendimento. Para alguns usuários, há o sentimento de que não se tratam apenas de meros sites de relacionamento, mas também de redes de apoio, com psicólogos e uma "sensação de comunidade".
Mensagem errada
No entanto, muitas pessoas se preocupam com a mensagem que esses tipos de site podem transmitir.
A diretora da Herpes Virus Association, Marian Nicholson, acredita que alguns sites perpetuam o estigma negativo em torno da doença.
"Muitas pessoas nem são afetadas pela herpes, enquanto outras nem sabem que são portadoras", esclarece Nicholson.
Na opinião do médico Mark Pakianathan, essas comunidades online podem levar muitos portadores de DST a pensar: "Eu sou um leproso e preciso encontrar um leproso para namorar".
Apesar de fazer parte de um site de relacionamento para portadores de DST, Kate diz ter mantido seus perfis nos tradicionais sites de namoro e que foi em um deles onde encontrou seu atual parceiro.
"Ou as pessoas vão entrar em contato com você ou, se não quiserem, podem te excluir", simplifica.
*Alguns nomes foram alterados
Sites oferecem romance para portadores de DST - BBC Brasil
Bilau – Prevenção ainda é o melhor caminho para se evitar contaminações por DST. Mas quem contraiu alguma doença, o que fazer e como viver?
Há uma ideia de que a pessoa é promíscuo quando contrai DST, contudo a realidade de omissão quanto à alguma doença é corriqueira. Com receio de revelar ao parceiro, ou a parceira, se omite a presença de doença. O pior é que a pessoa portadora de alguma DST não usa proteção (preservativo) – pois acha que não há prazer quando se usa a proteção – e contamina outras pessoas.
Trata-se de irresponsabilidade e respeito ao próximo. Claro que, por receios e segregações, de não portadores de DST, os portadores agem sem amor ao próximo. Não se trata de amor sexual, mas amor de consideração, respeito à vida alheia.
Só o diálogo sincero do portador e o bom senso do não portador pode gerar condutas responsáveis dos portadores e consideração a dor do portador de DST. Numa sociedade civilizada não podemos admitir segregações, perseguições e desdém aos portadores de DST.
Infelizmente há contingentes de pessoas que usam drogas, lícita ou ilícita, e, obscurecendo à razão não usam prevenções (camisinha feminina ou masculina) contra as DSTs.
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