Depois de vetar o kit anti-homofobia que estava fazendo com a alegação de que não sabia de seu conteúdo, o Ministério da Educação sinalizou uma nova iniciativa para combater a intolerância à diversidade sexual dentro das escolas brasileiras. O MEC pretende criar um plano contra violência e homofobia nas escolas.
O anúncio foi feito na última quinta-feira, 20 de setembro, quando em São Paulo o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, e o presidente do Conselho Federal de Psicologia (CFP), Humberto Verona, assinaram um convênio para o estudo da violência e elaboração de um plano para o combate à homofobia nas escolas.
“Esperamos com esse convênio um trabalho intenso em toda a rede, com trabalho de campo, para o desenvolvimento de políticas para uma escola acolhedora, uma cultura de paz, tolerância, convívio com as diferenças, com a pluralidade sexual, racial, religiosa, que enfrente o preconceito e a discriminação e coloque a escola pública em outro patamar e prepare o país para essa nova era do conhecimento”, disse Mercadante.
A parceria foi firmada durante a cerimônia de abertura da 2º Mostra Nacional de Práticas em Psicologia, evento que terminou no último sábado, 22 de setembro. O ministro destacou ainda o desafio de colocar a educação, a ciência, a tecnologia e a inovação como eixo estruturante de uma política de inclusão. “E a educação precisa do respaldo intelectual dos psicólogos”, afirmou.
Em maio de 2011, o MEC, então sob comando de Fernando Haddad, vetou sob ordem da presidente Dilma a distribuição de material anti-homofobia – alcunhado como kit-gay – alegando que iria elaborar uma iniciativa mais ampla, que contemplasse outros setores também discriminados – sugestão da Frente Parlamentar em Defesa da Família, comandada por parlamentares evangélicos.
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