Existem várias formas de relacionamentos desde a década de 1960. No Brasil começou bem depois, década de 1990.
Como alguns casamentos estavam fracassados, por motivos diversos que são dos mortais seres humanos, começou-se a especular sobre outros tipos de relacionamentos amorosos. Muito se copiou de outros países, principalmente dos EUA que
viveram o Paz e Amor da liberação sexual – claro que o movimento hippie queria a liberdade plena do ser humano diante de uma sociedade norte-americana consumista, supervalorização dos objetos sobre o ser humano, ou seja, o fator STATUS.O casamento para alguns passou a ser uma instituição falida diante da imposição religiosa de “até que Deus os separe”. Dogmas e tabus foram à tônica da condenação de prazer, liberdade de expressão, opção de relação e ideia de término da relação.
As mulheres foram as que sofreram mais.
“Mulher solteira (30 anos) tem problemas mentais”.
“Mulher que marido quis separação não presta como pessoa”.
“A mulher só deve fazer o que os homens querem na cama e devem se comportar como mãe dos filhos dele (aí dela falar que tem prazer de forma diferente; o homem já achava que a mulher tinha traído com seu Joaquim da padaria)”.
Seja lá qual for a relação sempre envolverá sentimentos porque o ser humano não é uma máquina que possa desligar a área cerebral de sentimentos. A não ser que seja muito apática – só pensa nela e pronto. A libido dela (e) é sentir o prazer de fazer o que quer e não sentir um prazer a dois (dar prazer à outra pessoa).
Por mais que se façam acordos entre ambos há de, com o tempo, surgir certo sentimento. Com o tempo um passa, ou só um, a olhar com mais atenção às qualidades e defeitos do outro. Colocado na balança do julgamento pessoal poderá querer não só uma aventura, mas uma relação mais centrada, respeitosa e monogâmica. Não quer dizer que a relação sem compromisso (cada qual na sua e faz o que bem quiser) seja de promiscuidade. Há pessoas que por questões de relacionamentos conturbados passados não desejam um compromisso mais estreito com a outra pessoa, mas, também, não deseja ter mais de um (a) parceiro (a). Sim, o passado não muito bom pode ter causado algumas frustrações que desencadearam aflições emocionais. Vê-se o medo de uma nova relação mais consistente: dividir o mesmo teto.
A modernidade, ou seja, as novas formas de relacionamentos proporcionam escolhas. Ainda há pessoas retrógadas que admitem um único meio de relação a dois: nada de morarem separados – perto do coração e perto dos olhos o “possível” infiel.
Seja qual for o tipo de relacionamento - casar e morarem junto e serem monogâmicos; não casar, morarem juntos e serem monogâmicos; casarem, serem poligâmicos e morrerem juntos; não casarem, não morarem juntos e serem monogâmicos. Há o exigir de contratos (convenções) de ambas as partes. Mas ninguém é de ninguém.
O que ocorre é que geralmente as pessoas são egocentristas: pensam mais nelas do que nas demais pessoas. Geralmente os homens são assim – não todos porque sou homem (heterossexual) e não faço isso - mentem, dizem mil palavras de amor, mudam de tom de voz; conseguido o propósito com a mulher começa a mudar de postura. A máscara cai e a verdadeira face aparece. A desilusão da mulher é enorme, a frustração pode ser tanta que ela poderá ter aversão a homens. Numa psicologia reversa pode virar freira; ser a mulher que decepa o prazer do homem, literalmente; lésbica; ou uma libertina voraz a seduzir os homens e quando conseguido o amor deles os deixam em frangalhos pela rejeição. Sim, leitores. Isso existe. A mente humana é complexa. Mas pode acontecer com homens também diante de uma desilusão amorosa.
Solução?
Transparência. Meio difícil? Seja altruísta. Se cada pessoa fosse mais transparente ou falar qual a verdadeira intenção não haveria tanta dor e desconfianças aos relacionamentos do século XXI, da era da “modernidade”. A excitação sexual nunca pode ser um meio ardiloso, isto é, o querer íntimo e egoísta que faz mentir para se saciar sexualmente. E só. Não. A outra pessoa não é um brinquedo, pois estes não têm emoções.
Está mais do que na hora diante do século XXI da liberdade da sexualidade, que não é só ato sexual, porque envolve os sentimentos também, o diálogo franco: dizer o que deseja, qual o tipo de relacionamento. Sem essa de puritanismo porque convenções qual for não controla os sentimentos, os desejos do ser humano. Franqueza é empatia, a capacidade de ser importar com as demais pessoas.
Cada qual fala o que deseja, senão há um acordo ou aceitação de gostos basta a cada um seguir a própria vida. Isso não quer dizer que serão estranhos. Opções de relacionamento não podem ser motivos de desprezo. Imagine, então, um gosta de cinema e outro de assistir filmes em casa. Será impossível uma relação? É. Infelizmente as pessoas procuram similaridades em tudo, e isto só existe com clonagem. Mas cuidado, por que se gêmeos não possuem a mesma personalidade, o que dizer dos clones?
Então o que fazer?
Não crie expectativas. Seja autêntico (a) em suas convenções. Aceite o que for bom para você. Não é egoísmo isso. Há pessoas que fragilizadas emocionalmente por motivos diversos aceitam qualquer tipo de relacionamento. Procuram um ombro amigo, ou melhor, uma bengala. Sim. Infelizmente as pessoas procuram nas outras pessoas “bengalas” para suas pesadas vidas emocionais a achando que ali está o alicerce que lhes faltam. Ledo engano, e perigoso. Antes de tudo é preciso se amar como pessoa, sentir a vida dentro de si e querer ser feliz. Ser feliz não é ter, mas ser. Ser feliz é um estado de satisfação em tudo que faz, vê.
Há pessoas que só lamentam da vida e nada fazem para se melhorarem como pessoa seja nos relacionamentos amorosos, economicamente etc.
A beleza da vida está em acreditar que tudo é possível desde que se coloque a querer fazer algo para mudar, completar. A fila é imensa de descontentes consigo mesmos. Vivem fantasiando a felicidade, mas não olham as que estão próximas.
“Aquele é o galã que quero”.
“Aquela é a mulher dos meus sonhos porque faz tudo em casa”.
“Aquele é o homem dos meus sonhos porque cuida da aparência”.
“Aquela é a mulher dos meus sonhos porque sempre anda arrumada e perfumada”.
Aquela, aquele. Sempre a outra pessoa é melhor. Antes de qualquer coisa as relações são frustrantes porque no inicio não se vê a outra pessoa, mas se projeta as miragens pessoais. Sim. Miragens pessoais. Uma pessoa fragilizada emocionalmente encontra outra pessoa, mas esta ajuda de alguma forma. Pronto. A salvadora e a ideal para tudo.
Em outro caso há similaridades de hábitos. “Você gosta de beber cerveja? Eu também adoro”. Pronto. Surgiu parceiro (a) de copo. A felicidade é completa.
“Nossa. Você me dá muito tesão. Eu estava carente.” Os olhos viraram, as ideias surgiram e o discernimento ficou na cama. Surgiu a solução para todos os problemas sentimentais: afeto, compaixão, tolerância etc.
Não estou sendo pessimista, mas realista. Um acontecimento e tudo se transformam e orquídeas. Não. Um acontecimento de prazer não pode ser confundido com o montante do relacionamento. É por isso que as pessoas ficam frustradas depois de algum tempo.
“Nossa. Você me dá muito tesão. Eu estava carente.” Com o tempo o tesão diminui. Nada restou mais. Ou ela, ou ele, tiveram problemas de saúde e nada de sexo animal.
“Você gosta de beber cerveja? Eu também adoro”. O fígado já era com a cirrose hepática. Remédios e mais remédios. Abaram-se os copos de cerveja. O coração ficou vazio.
“Aquela é a mulher dos meus sonhos porque sempre anda arrumada e perfumada”. Pronto. A mulher perdeu o emprego e só fica cuidando da casa e dos filhos. O maridão chega a casa e vê a mulher com peixes na mão e uma inhaca danada por limpá-los. O peixe desceu pela goela como uma navalha e alinda mulher ficou com cara de peixe.
“Aquele é o homem dos meus sonhos porque cuida da aparência”. O cara foi promovido, não tem mais tempo para malhar. A barriga dele cresce e a mulher se aborrece.
De um jeito sarcástico tentei demonstrar que não há como prever o futuro de uma pessoa quanto à aparência, os hábitos. A vida muda e trás mudanças as pessoas. Claro que não quer dizer que as pessoas não possam ter hábitos ao longo da vida, mas há momentos que podem mudar não porque querem, mas pela força das circunstâncias. Logo, o que interessa sempre para quem quer ser feliz ao lado de outra pessoa é o respeito entre ambos. Respeito se colocar na pele da outra pessoa e não fazer o que não se quer de mal a si mesmo. E jamais esperar que a outra pessoa faça tudo ou tenha todas as s iniciativas – não que dizer que a outra também não deva se esforçar -, mas agir. O mal das pessoas é sempre esperar a outra agir. Um caso grave na minha pequena elucidação é quanto a algumas mulheres, geralmente quase todas, sempre esperar que o homem tenha iniciativas. Seja para ir num restaurante, motel, sair etc. Parece uma múmia a seguir as ordens de um deus. “Ande aqui, faça aqui”. “Sim. Oh! Deus magnífico”. Nossa. Isso irrita. Aliás, pergunte aos seus maridos ou namorados ou lá seja quem. É um conceito machista, que ainda há nas mulheres “modernas” de que o homem tem que fazer tudo e a mulher ser uma serviçal.








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