Sexo sem compromisso I

Primeiramente temos que saber que sexo pode ser praticado sem qualquer relação de compromisso. Os homens fazem sexo pelo instinto de procriação, mas de forma a espalhar a carga genética que possui. As mulheres fazem sexo inconscientemente pelo desejo de gerar uma vida. A natureza é sabia os seres humanos não. Rsss


O instinto sexual tem ligação com a perpetuação da espécie e não adianta querer dar outra concepção. Mas nós seres racionais diferenciamos dos irracionais porque estes fazem somente quando há os períodos de acasalamento, ou seja, quando a natureza (o gameta feminino está maduro e pronto para receber o espermatozoide) “desperta” o tempo de perpetuar a espécie. Os racionais fazem por vários motivos: vingança, poder, prender um amado (a), conquistar fama, mostrar a virilidade etc.

Os animais irracionais têm emoções, mas não tão bem elaborada quanto nos seres humanos. Aqueles vivem de associações ou o chamado condicionamento: fiz e me bateram, logo é ruim; fiz e me agradaram, logo é bom. A teoria de Pavlov sobre hábitos condicionados ou reflexos condicionados demonstrou muito bem as associações e condicionamentos na vida dos seres irracionais e mais tarde dos racionais.

“A ideia básica do condicionamento clássico consiste em que algumas respostas comportamentais são reflexos incondicionados, ou seja, são inatas em vez de aprendidas, enquanto que outras são reflexos condicionados, aprendidos através do emparelhamento com situações agradáveis ou aversivas simultâneas ou imediatamente posteriores. Através da repetição consistente desses emparelhamentos é possível criar ou remover respostas fisiológicas e psicológicas em seres humanos e animais. Essa descoberta abriu caminho para o desenvolvimento da psicologia comportamental e mostrou ter ampla aplicação prática, inclusive no tratamento de fobias e nos anúncios publicitários”. Fonte Wikipédia.

Mas como disse os seres humanos são mais do que condicionamentos; se assim não fossem os tratamentos psiquiátricos e psicológicos seriam resolvidos em pouco tempo e sem os medicamentos fortíssimos para tratamento.

Os irracionais associam; os racionais associam e pensam (examinam novas possibilidades através de tentativas, estudos). Até aqui demonstrei diferença entre os racionais e irracionais. E justificando um pouco a infidelidade dos homens pelo instinto de preservação da espécie (carga genética). Por outro lado a mulher é fiel pela questão de gerar vida. Ela que carrega no ventre por nove meses e tem que cuidar mais do que o homem. Há uma vida dentro dela que precisa dela, o instinto maternal faz com que ela proteja custe o que custar a nova vida. Já o homem por não gerar não se preocupa muito com a nova vida – tanto é que há muitas mulheres solteiras por homens que só queriam “uma noite e nada mais; espalhei minha carga genética”.

Outro fator é o tipo de cultura, isto é, costumes, filosofias, crenças, dogmas, tabus – irracionais têm religião, forma de governo, filosofias de vida?
O que era permissivo passou a ser proibido e vice-versa em cada época humana.
Sexo passou a ser culpado a partir da Idade Média onde a igreja católica dizia que sexo era só para procriar. Não é à toa que Freud se deparou com seriíssimos problemas psicológicos de ordem sexual. Imagine colocarem meias nos pés das cadeiras para não lembrar o pênis humano.
Outro importante contribuidor para as pesquisas relacionadas ao comportamento sexual foi Alfred Charles Kinsey - entre 1947 e 1953 entrevistou 18 mil pessoas para escrever dois livros, os Relatórios Kinsey, que são considerados um marco da sexologia.
Em pleno século XX a maioria da população norte-americana, pelos estudos de Kinsey, era frustrada. Imagine pensar que masturbação criaria pelos nas mãos, aumentaria os mamilos dos homens até parecerem como de adolescentes femininas? Enquanto as mulheres pensavam que ter prazer era sinônimo de libertinagem, puta.

Com os adventos de Freud e kinsey, por exemplo, o comportamento sexual foi mudando entre os seres humanos. Mulher pode sentir prazer com parceiro ou só se masturbando, assim como o homem. Vários dogmas e tabus foram perdendo força.
E atualmente? Será perversão as saidinhas rápidas com amigos (as) para uma noite de ejaculação e nada mais?

“Seria isso? É mais cômodo? é mais prático? é mais econômico? É uma forma de não ter compromisso? E o coração fica aonde?” – pergunta da leitora.

Atualmente o ser humano quer prazer e direitos, e não deveres e dar prazer. O convívio a dois exige que cada qual amanse a egolatria e o narcisismo para forma um corpo de ideias e pensamentos afins. Compromisso a dois tem sinônimo de possessão. “Eu estou com você e quero que você aja assim”.
Esta possessão é um acordo de que cada qual não trairá, não magoará, respeitará as ideias e filosofias de cada um, que haverá entendimento. Outro fator importante é que num relacionamento a dois, prolongado, cada qual se vê como parte de uma personalidade que não tinha antes, isto é, “eu estou tendo as manias, ideias e filosofias que não eram minha, mas do cônjuge”. É comum a troca de identidades e assimilação de trejeitos. Afinal há personalidades e a mais constante há de sobressair – é só verificar em grupos de amigos que certas palavras ditas repetidamente passam a se parte do grupo de forma inconsciente mesmo por aqueles que não falem. Na verdade cada qual persuade consciente ou inconscientemente as demais pessoas. Quando consciente causa transtornos, quando inconsciente passa a ser parte em alguns casos.

Há também a vida atribulada dos dias atuais que leva a exaurir as forças psíquicas e físicas de cada pessoa. Mas temos que ver também que a mídia em geral persuadi a ter comportamento(s).
Vejo por dois parâmetros. Há a exploração maciça pela mídia em relação às liberdades sexuais; umas com intuito de banir de vez os dogmas e tabus criados pela igreja católica, outras somente a ganhar dinheiro com a venda de produtos que dão mais prazer etc.

Com a mistura dos apelos da mídia, dos estudos que libertam o ser dos dogmas de religiões em relação ao sexo se vê um comportamento de libertinagem. Sim, porque o sexo passou a ser uma fuga da realidade, isto é, sem compromisso com a outra pessoa e com a própria pessoa.
É só ver nos adolescentes atuais. Nos bailes funks se vê adolescentes transando ao frenesi da música – que é apelação ao sexo – misturado com a ingestão de álcool ou drogas psicotrópicas. Há ainda adolescente do sexo masculino usando estimulantes sexuais para não brocharem e não parecerem “crianças”. Existe, sim, uma fuga da realidade, que se transforma em libertinagem. Pergunte a qualquer pessoa se faria sexo com qualquer outra pessoa se não tivesse sob efeito de droga ilícita ou licita?

Quando não se usa qualquer tipo de droga o ser humano escolhe mais:

1) Será que não tem bafo?
2) Aquela (e) é mais gordinha (o);
3) Veste-se mal;
4) Não a altura que eu gosto;
5) É de etnia que não gosto;
6) Etc.