.

BILAU agora no seu celular. Digite o endereço (link)!

Voltar para a Primeira Página Entre para nossa comunidade no Orkut Facebook E-mails dos leitores Mande e-mail mande para Google Assine o nosso Feed Perguntas dos leitores  Acompanhe no Google Buzz

Livros do autor: Direito do consumidor, sociologia, política etc. Amazon [clique aqui para acessar], um dos sites mais conceituados em livros digitais. Os livros são de minha autoria.

Pesquisar este blog

Masturbação: já tocou alguma hoje?


Algumas crenças sexuais sobre a masturbação do início do século XX.
Para os homens: acreditavam que causava insanidade, queda da inteligência, alucinações, propensões suicidas ou homicidas, paralisia, ombros arredondados, cegueira, doenças de pele, e asma.

Para as mulheres: acreditavam que causava hermafroditismo, menstruação dolorosa, cólicas abdominais, queda do útero, parto doloroso e principalmente esterilidade.




Até muito pouco tempo, masturbação, como todo assunto relacionado à sexualidade humana, era um assunto pouco discutido, e as raras referências eram feitas na forma de eufemismos como auto-abuso, vício solitário, autogratificação, etc. Mais grave do que as abordagens sobre o assunto eram as reações para com as crianças flagradas praticando a masturbação.
O termo masturbação foi usado pela primeira vez em 1898, pelo médico inglês Dr. Havelock Ellis, fundador da psicologia sexual, e origina-se de duas palavras latinas: “manus” (mãos), e “turbari”, (esfregar). O termo masturbação, portanto, significa estimular os órgãos genitais, manualmente ou por meio de objetos, com a finalidade de obter prazer sexual, seguido ou não de orgasmo; pode ser autoaplicada ou aplicada em outra pessoa.

A masturbação é observada em muitas espécies de mamíferos, principalmente nos grandes primatas e em indivíduos masculinos jovens em fase de maturação sexual. Quanto à espécie humana, ocorre em ambos os sexos, iniciando-se na puberdade, ou, segundo alguns, durante a infância (sem o teor erótico). O ato da masturbação é condenável em algumas sociedades e culturas.
Na Grécia Antiga, quando a moralidade sexual era livre, comparada à Ocidental atual, a masturbação era considerada um ato comum e natural.
Somente com o surgimento da cultura judaico-cristã e suas “leis” morais e religiosas (daí que surgiram os “podres”), a masturbação passou a ser condenável. O “desperdício” voluntário de esperma passou a ser pecado grave, punido, algumas vezes, com pena de morte.


Os grandes responsáveis por este fenômeno foram a Igreja Católica, através do teólogo São Tomás de Aquino, que a classificou como pecado contra a natureza, pior mesmo do que o incesto. Paralelamente a Medicina - com a descoberta do espermatozoide - associou-se à Igreja Católica, para qualificar a masturbação como uma doença abominável, já que o espermatozoide era considerado como um bebê em miniatura.
A masturbação foi um ato repreendido entre os séculos XVII a XIX, quando era vista como uma doença que provocava distúrbios no estômago e digestão, perda de apetite, vômitos, náuseas, debilitação dos órgãos respiratórios, tosse, rouquidão, paralisias, enfraquecimento do órgão de procriação, impotência e falta de desejo sexual. Em 1758, é publicado o “Ensaio sobre as doenças decorrentes do Onanismo”, de Samuel Auguste Tissot, que dizia que a doença atacava os jovens e libidinosos.

Mitos negativos acerca da prática da masturbação foram criados, com o objetivo de desencorajar tal prática nos jovens, o que levou a muitos casos de complexo de culpa, medos e recalques.
Na Idade Média o sujeito que se masturbava era considerado herege, pervertido, possuído por demônios. Hoje os “demônios” foram expulsos, mas deixaram o sujeito aprisionado no sentimento de culpa, principalmente, os adolescentes.
Até a ciência já cometeu erros grotescos que visavam banir a masturbação. No século XVIII, médicos diziam que o esperma contribuía para defesa do organismo, sendo a ejaculação um ato que desperdiçaria o sêmen, tornando o organismo vulnerável a patologias. “Médicos higienistas” declaravam em livros e textos que a masturbação causava convulsões, palpitações, tormentos, dores de cabeça, câimbras etc.
Também há registros de “cintos de castidade”, muito usados nos conventos, com o intuito de não permitir a ereção dos jovens durante o sono ou a violação da virgindade da dama. Ainda hoje há culturas que retiram o clitóris da criança do sexo feminino. Nos homens retira-se o prepúcio (circuncisão), prática acobertada pela farsante argumentação de que é para fins de higiene, além dos motivos religiosos envolvidos.

Diferentemente da moral judaico-cristã, o paganismo geralmente tolerava a masturbação e até incluía essa e outras práticas sexuais em seus cultos a determinadas entidades relacionadas ao amor e à sexualidade.
No entanto, grande parte dos rabinos, padres e pastores protestantes condenam a masturbação considerando-a um pecado. E, em épocas bem recentes, vários papas já se posicionaram contra a masturbação.
Em geral, as maiorias das igrejas cristãs são aversão à masturbação e poucos são os teólogos que não condenam a prática. Os que adotam um posicionamento mais tolerante afirmam que se Deus não proibiu expressamente a masturbação, o homem não teria poderes para criar um mandamento novo
Fato é que, no atual momento, muitos mitos e crenças sobre masturbação foram expurgados. Mas ainda há muitos outros que seguem fazendo vítimas e mais vítimas de um sistema que tem ao longo da história da sexualidade, uma história de repressão sexual.

Masturbar faz crescer pelos nas mãos; causa impotência; faz crescer os “mamilos”; causa espinhas; faz crescer o pênis etc. - Há dezenas de bobagens que são ditas por ai que não merecem nossa atenção.
No entanto, no início do século XX, surgiram novos estudiosos com Sigmund Freud,
Kraft-Hebing e Havelock Ellis, com novas linhas de pensamento que levaram a uma visão diferente da masturbação.
O peso histórico da carga negativa e pecaminosa desta atividade ainda existe nalgumas pessoas, inibindo-as da vivência plena da sua sexualidade ou mesmo atrofiando o seu natural desenvolvimento psicossexual.
As pessoas sempre se masturbaram, mas isso nunca era admitido, muitas vezes nem para si mesmas. É possível que, ainda hoje, existam pessoas que continuam considerando a masturbação e o sexo como algo feio, sujo, imoral e vergonhoso.
Em relação às mulheres, por exemplo, ainda existe um preconceito muito grande, visível no comportamento dos pais para com seus filhos e filhas. Os pais tecem comentários orgulhosos sobre seus filhos se masturbando no banheiro, mas sequer tocam no assunto com suas filhas, muito menos admitem que elas façam isso.
Mutilação. A brutalidade pela qual cerca de dois milhões de meninas e adolescentes passam anualmente é praticada em pelo menos 28 países da África e, dependendo da região, a tortura varia de intensidade. No tipo de mutilação mais brando, a ponta do clitóris é cortada. Em alguns rituais, ele é integralmente extirpado (clitoridectomia). Na versão mais radical, é feita uma infibulação: são retirados o clitóris e os lábios vaginais e, em seguida, o que sobrou de um lado da vulva é costurado ao outro lado, deixando-se apenas um minúsculo orifício pelo qual a mulher urina e menstrua. Tudo isso é realizado sem nenhum tipo de anestesia, com instrumentos não-esterilizados como facas, tesouras, giletes ou mesmo cacos de vidro. Para qualquer ocidental, o fato provoca indignação.

A mutilação genital feminina é prática comum na África e em alguns países do Oriente Médio. É associada à castidade e à crença de que diminui o desejo sexual e reduz o risco de infidelidade (na infibulação, a mulher "costurada" só é "aberta" para o marido). Invocam-se também supostos motivos de higiene e estética, com a genitália feminina tida como feia (lábios genitais grandes – isso é um problema, pois se vê muitas mulheres operando os lábios, mas isso é conduta cultural) e volumosa. Em algumas culturas, às mulheres não mutiladas é vedado o manuseio de alimentos e água.
O desejo sexual da menina, a partir da puberdade, é tão intenso quanto o do menino, só que ela deve esconder isso de todos. Esconder de todos é possível, mas de si mesma é impossível. Portanto, ela fantasia, se masturba e se sente culpada, porque acha que fez algo de errado, que não deveria fazer. É lamentável que tantos pais ainda ajam de maneira tão repressora e ao mesmo tempo omissa, com relação aos próprios filhos. Digo omissa porque é fingir não saber da existência de algo que faz parte da natureza humana, e que eles próprios vivenciaram na adolescência.

A masturbação praticada pelas mulheres quase sempre predominou uma maior repressão por parte da sociedade em relação à masturbação masculina, o que se enquadra no contexto da sexualidade feminina.
Sempre existiu o temor de que se uma adolescente masturbar-se com objetos poderia perder sua virgindade, o que não é verdade, embora em raríssimos casos possa ocorrer uma ruptura do hímen – imagine numa cultura machista onde a mulher sem hímen era vista como promíscua. É fato histórico na noite de núpcias o marido verificar a “integridade” sexual da esposa. Caso não tivesse o hímen ela seria desposada e até expulsa do convívio social. Porém sabe-se que existe o hímen “complacente” – mais “elástico” e que não se rompe facilmente.
Uma vez ouvi uma história em que a mulher tinha tal hímen. Tinha transado várias vezes antes do casamento. O marido “felizardo” se sentiu o dono do pedaço. Coitado! Por isso que é muito bom tomar cuidado com regras culturais. O que vale é a relação sincera entre as pessoas.
No entanto, a masturbação feminina tem representado uma espécie de libertação sexual e de alívio para muitas mulheres. Seja na busca do orgasmo que nem sempre é alcançado numa relação sexual com o parceiro ou então para o conhecimento do próprio corpo e até mesmo para preencher os momentos de solidão. Serve também como um complemento após o coito já que o prazer feminino é contínuo e mais longo do que o orgasmo masculino, o qual termina com a ejaculação.


Assim, é possível que o sentimento de superioridade machista, ao lado das ideias religiosas, tenha reprimido tão severamente a masturbação das mulheres até os dias de hoje.
Atualmente, muitos casais têm experimentado na masturbação mútua uma nova forma de prazer sexual. Seja como um método contraceptivo no período fértil da mulher ou para diversificar as relações sexuais, inclusive como uma preliminar, pois se tem verificado que a observação de atos masturbatórios praticados pela mulher pode ajudar na excitação do homem.
Porém existe o outro lado da masturbação: medo de relacionamento.
O medo é quanto às secreções das genitálias. Para algumas pessoas são nojentos provocando aversão ao contato sexual. Outros preferem a masturbação solitária como forma de prevenção as doenças sexualmente transmissíveis – DST.
Há pessoas que passaram por uma experiência sexual frustrante – foi usado (a) pelo (a) parceiro (a) e condenam o ato sexual, contudo, na realidade condenam a relação interpessoal (ficam apáticas).
Últimas pesquisas.

Estudo inglês apontou que a prática, quando realizada por homens mais velhos, elimina resíduos acumulados na próstata. Nos jovens, masturbação em excesso pode ser prejudicial.
O prazer solitário pode fazer bem à saúde dos homens – ou mal, dependendo da idade. Segundo um artigo publicado no British Journal of Urology, jovens de 20 e 30 anos que se masturbam freqüentemente podem ter mais chances de desenvolver câncer de próstata, enquanto homens acima dos 50 diminuem o risco da doença quando fazem da prática uma constante.
De acordo com o estudo, o câncer de próstata é causado pela testosterona, o hormônio sexual masculino. Homens com altos níveis dessa substância tendem a ter mais desejo sexual e mais câncer de próstata, mas após os 50, a masturbação pode proteger a glândula contra doenças por remover toxinas que se acumularam durante a vida.

Segundo o jornal The Independent, a pesquisadora que liderou o trabalho, Polyxeni Dimitripolou, explicou que, à medida que o homem envelhece, o organismo acumula toxinas através dos pulmões e da alimentação. A atividade sexual, porém, é capaz de ajudar a eliminar esses resíduos.
Já nos homens mais jovens, a masturbação pode ser prejudicial porque a próstata ainda está crescendo e se encontra mais suscetível a mudanças hormonais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Leia com atenção:


1) Os posts não expressam e não representam a convicção do autor, mas compilações de estudos no âmbito das ciências sociais, antropológicas e psicológicas. Os textos ou posts contidos no BILAU são informações sobre a sexualidade humana, COMPORTAMENTO HUMANO;
2) Leia o texto na íntegra antes de comentar, criticar, sugerir. Infelizmente tem pessoas que leem algumas frases, formulando ideias sem conexão ao texto;
3) Faça deste blog um lugar democrático, saudável;
4) USE SEU DIREITO À LIBERDADE DE EXPRESSÃO. TODAVIA, QUE FIQUE CLARO, NÃO É UM DIREITO ABSOLUTO. NENHUM DIREITO É ABSOLUTO;
5) Mensagens ofensivas entre os leitores poderão ser apagadas pelo autor deste blog para manter a qualidade e seriedade proposto pelo blogueiro;
6) A recomendação do blogueiro é procurar profissional da área de saúde (psicólogo, psiquiatra, sexólogo) para esclarecimentos;
7) PEDOFILIA é CRIME!

Obrigado!